Pra quê te fazer uma canção
Pra quê te fazer uma canção
se seria tão doce
que jamais iriam tocá-la.
Sem lembrar dos amores,
daqueles mais encantadores.
Tão inebriantes quanto efêmeros.
Mais até que a tal canção.
Pra quê te fazer uma canção
se seria tão ingênua
que jamais iriam tocá-la.
Sem rir da esperança
que te cerca sem querer.
Tão inútil quanto cega.
Não a canção;
a tal esperança.
Pra quê te fazer uma canção
se seria tão triste
que jamais iriam tocá-la.
Sem lembrar da sua frieza,
dos seus carinhos contidos.
Tão escassos quanto espontâneos.
Nem merecem a tal canção.
Pra quê te fazer uma canção
se seria tão furiosa
que jamais iriam tocá-la.
Sem se arrepender de cada minuto.
De cada palavra dita.
Tão sinceras quanto em vão.
Assim como esta canção,
e também,
o próprio amor.
Zé (Neto)
11 Comments:
At 10:13 PM,
Anônimo said…
Está sensacional.... sensacional.
Melhor inclusive que Por Encantamento.
Um beijo, poeta
At 10:14 PM,
Anônimo said…
Ah, nao escrevi mais porque sensacional não precisa de complementos..
At 9:13 PM,
Anônimo said…
Pra mostrar pra essa tal pessoa o quanto dói.Assim, fica difícil enxergar que dói nela tb.E, talvez seja melhor assim.
adorei.
At 6:55 PM,
Anônimo said…
num fica difícil nem fácil...simplesmente não interessa o que essa pessoa sente...
mas obrigado pelo comentário,só esperava que se identificasse pq não conhecemos (eu e ana) nenhum fatumbi...
At 9:14 PM,
Anônimo said…
fatumbi foi o nome dado a Pierre Verger quando este "fez santo" no candomblé, e significa "o mensageiro".
At 6:52 PM,
Anônimo said…
ahhh,vc se chama pierre verger...
seus pais tiveram bom gosto...
At 10:24 PM,
Anônimo said…
Se você fosse Chico...
Enquanto você fabrica uma mágoa, eu faço um sorriso.E, não é falso como parece, mas é bem preciso.Vem feito pena de lá do alto.Chega feito pedra das mãos do inimigo.Mas, não é inimigo.Sou eu.Mas, você ainda não me reconhece.E, agora eu desfaço meu abraço que pouco chegou a se formar e você já não estava lá.
Enquanto eu caminho no asfalto, você me revela o cheiro doce do mato que provoca teus sentidos.Mas, você pouco se importa com os perigos, e meus dias são segredos, e os seus são perdidos.Há pouco rejunte entre os pisos.Há muito vazio nesse vaso.
Enquanto você busca se perder, eu tento te achar na multidão, mesmo sabendo que o meu ver é mais corajoso que o meu chão.
Enquanto eu procuro teus rastros, você apaga meus passos, e faz do passado pouco caso, e faz um futuro pouco incluso nos dias que ficaram pra trás.E, faz do acaso um sujeito que ninguém mais vê.Que ninguém mais faz.Andar de monociclo é difícil.Mais se aprende quando cai.
Enquanto você se obriga a ser feliz, eu me detenho nos planos que fiz, e ainda me faço acreditar que todos eles são apenas parte daquilo que está por vir.Porque eu aprendo que é errado não sofrer, e não errar, mas você já não erra, você já aprendeu a andar, e já não cai.
Enquanto eu rezo, o que é fora de costume, você me ignora e foge, resmunga e roga uma praga também pra si.Mas, eu sei, e você sabe que as coisas não caminham do mesmo jeito, e a parte que nem eu e nem você sabe é aquela que mais importa, é a que mais tem efeito.
Enquanto você tenta esquecer, eu procuro saber dos teus verbos, e encontro em tua vida e teus feitos muitos sorrisos, feito esse do início das palavras, meio montado, meio do outro, meio da gente, mas inteiramente verdadeiro.Porque só num riso com a pureza de urucu a gente pode encontrar o respeito que você tanto procura, e que agora eu bebo.
Enquanto eu me chamo apenas Ninguém, você vem e convence a todos que teu nome é o mais incerto, e “que o barco já partiu.Só Carolina não viu.”
At 2:22 AM,
Anônimo said…
bem legal! mas... vc acha o amor algo em vão? beijos
At 1:29 PM,
Anônimo said…
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At 12:57 AM,
Anônimo said…
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At 6:41 AM,
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