Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

sábado, 16 de dezembro de 2006

Leves devaneios tolos


I

Eu só quero desfrutar do meu cansaço.
Só, eu quero não entender.
Eu, só, posso não acreditar.
Ah, se queria o privilégio de enxergar menos
e usar de modo pior meus outros todos sentidos?

II

Não canso do terror de ter expectativa.
Mas que seja!
Que vão todas por terra ou água abaixo,
mas que as tenha tido aos montes.
As tenha confirmado aos poucos
ou, não sendo assim, tido a certeza,
sempre errada em generalizar,
que seriam no mínimo
uma maiúscula decepção.

III

Tudo que ao parecer se esvair,
me impregne de tristeza
me enchendo de vida.
Porque querer chorar, desistir
e rasgar o mundo todo
tem porção enorme de vida,
afinal, inesquecíveis são os extremos.

Neto José

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