Girando a esquerda
O sangue me salta o corpo e aflora
o lado em mim de mim que é de dentro
me cuspe, me beija, de sangue decora
a face calada dos tempos de centro...
o sangue me doma, e toma surpreso
o rosto esbelto diante do espelho
me pinta e pinta o seu dono, preso,
na cara o afresco de um tom vermelho...
Acerta! - me diz o sangue em fúria
nota a tavolatura social
Bombordo! - não segues tu a injúria
a escolha que fazes é tão crucial.
O sangue me cansa tudo e descansa
longe do bate-rebate do meu coração
liberto soca meu olho e a pança
justo na pança produz contração...
O sangue é vida, que me flui em saltos
catarses poéticas agudas certeiras
revelando a tempo o tempo em auto-
reflexos reflexos de uma vida inteira.
- Sê e não sejas! - a dança do sangue
define o passo das pernas burguesas,
dois pra lá e dois pra cá, é tango e
é rumba, é samba... girando a esquerda!
Vinícius Soares Carvalho
4 Comments:
At 6:54 AM,
Anônimo said…
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At 1:29 PM,
Anônimo said…
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Anônimo said…
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At 12:29 PM,
Anônimo said…
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