Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Girando a esquerda


O sangue me salta o corpo e aflora
o lado em mim de mim que é de dentro
me cuspe, me beija, de sangue decora
a face calada dos tempos de centro...

o sangue me doma, e toma surpreso
o rosto esbelto diante do espelho
me pinta e pinta o seu dono, preso,
na cara o afresco de um tom vermelho...

Acerta! - me diz o sangue em fúria
nota a tavolatura social
Bombordo! - não segues tu a injúria
a escolha que fazes é tão crucial.

O sangue me cansa tudo e descansa
longe do bate-rebate do meu coração
liberto soca meu olho e a pança
justo na pança produz contração...

O sangue é vida, que me flui em saltos
catarses poéticas agudas certeiras
revelando a tempo o tempo em auto-
reflexos reflexos de uma vida inteira.

- Sê e não sejas! - a dança do sangue
define o passo das pernas burguesas,
dois pra lá e dois pra cá, é tango e
é rumba, é samba... girando a esquerda!

Vinícius Soares Carvalho

4 Comments:

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