Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Menina


Ela é menina
de poucos talentos atléticos
quase nenhuma coordenação motora.

Ela é menina
e jamais quis aquela bola
que mesmo rosacordemenina
não lhe enche os olhos
tampouco o coração.

Ela menina
quando crescer pra mulher
sequer vai lembrar
que naquele dia rosacordemenina
quis (precoce maturidade das meninas)
um futuro qualquer cor
desde que fosse futuro.

Mas ela menina-mulher-menina-mulher
sequer vai perceber
que foi roubado o futuro
que ficou frígido, fosco e disforme
e lhe negou os sonhos de outrora.

Ela crescida mulher
ainda vai sonhar
com a boneca bonita
que a bola roubou.

Neto (José)

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