Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

domingo, 22 de julho de 2007

Pegadas


Tive meus dias d rapidez
concomitância d pessoas
efemeridade de uma falta de sentimentos
não nutridos por ninguém.

Andava a passos largos
afinal tenho minhas pernas compridas
e ainda assim soube de marcas
deixadas em outros chãos.

Meu chão à prova de tudo
num tempo de quantidade
transformada em pouco,
em indiferença e insignificância.

Meu tempo que me pertenceu
e que não pertenci a nada
seja de corpo de alma ou de todo
Tempo que permaneci
olhando pra frente com olhos míopes
e pra trás sem respeito ou saudade.


José Neto