A poeta da rua
Ela sem nome
paralisou-me um dia
a poeta da rua
Recitou ao vento
versos desaforados
desafogados
aos vagabundos de olhar
que o brilho a vida levou
Roubou a cena a rua e minha atenção
Na sujeira da noite
na sujeira da roupa
na imundície das unhas
a limpeza do olhar
da alma lavada
barbaridade beleza grito grandeza
e minha alma suja
ouvia com gratidão
Seguiu a poeta
pro canto da estrada
no ventre da noite
e com singela leveza
disse no ouvido do vento da contramão:
"Vagabundos da noite
gigantes da Lua
filhos da ingratidão
Sigam meu passo, meu instante
meu rastro
Digo que sei o caminho
eu tenho a visão"
Alina Mourato
3 Comments:
At 10:37 PM,
Anônimo said…
Pessoal, de volta do são joão,e (suspeito pra falar) em graaande estilo,com uma poesia linda,louca e de uma sensibilidade deliciosa...
bjos a todos e continuem lendo,mandando os textos pra mim e pra ana,além d comentar claro!!sempre importante trocar idéias...
At 12:48 PM,
Anônimo said…
;D Aêeeeeeeeee!!! É isso, gata! Esse é o espírito!!! ;D Mais uma calabresa pra ajudar na complementação da feijoada (ou vc prefere ser um pedaço de carne de sertão? Eu acho calabrasa mais gostosa...) ;D
Linda poesia!! Voltando do São João com toda a qualidade!
At 8:21 PM,
Anônimo said…
Looks nice! Awesome content. Good job guys.
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