Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

A poeta da rua


Ela sem nome
paralisou-me um dia
a poeta da rua
Recitou ao vento
versos desaforados
desafogados
aos vagabundos de olhar
que o brilho a vida levou
Roubou a cena a rua e minha atenção
Na sujeira da noite
na sujeira da roupa
na imundície das unhas
a limpeza do olhar
da alma lavada
barbaridade beleza grito grandeza
e minha alma suja
ouvia com gratidão
Seguiu a poeta
pro canto da estrada
no ventre da noite
e com singela leveza
disse no ouvido do vento da contramão:
"Vagabundos da noite
gigantes da Lua
filhos da ingratidão
Sigam meu passo, meu instante
meu rastro
Digo que sei o caminho
eu tenho a visão"

Alina Mourato

3 Comments:

  • At 10:37 PM, Anonymous Anônimo said…

    Pessoal, de volta do são joão,e (suspeito pra falar) em graaande estilo,com uma poesia linda,louca e de uma sensibilidade deliciosa...
    bjos a todos e continuem lendo,mandando os textos pra mim e pra ana,além d comentar claro!!sempre importante trocar idéias...

     
  • At 12:48 PM, Anonymous Anônimo said…

    ;D Aêeeeeeeeee!!! É isso, gata! Esse é o espírito!!! ;D Mais uma calabresa pra ajudar na complementação da feijoada (ou vc prefere ser um pedaço de carne de sertão? Eu acho calabrasa mais gostosa...) ;D

    Linda poesia!! Voltando do São João com toda a qualidade!

     
  • At 8:21 PM, Anonymous Anônimo said…

    Looks nice! Awesome content. Good job guys.
    »

     

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