Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Descaros

Amava como só os loucos ou tontos o fazem
Com todo amor que existia
Escrevia até nas mãos nascerem calos
amarelos e cheios de pus
grandes como suas mágoas.

Apenas um de nós
Seu reflexo no espelho.

Lágrimas não me dizem nada
Além do dito
Lágrimas comigo carrego
E daqui de dentro grito

Sua saliva vai se-can-do,
seu sexo perdendo o cheiro,
prazer que não passa de desespero.

Anadora Andrade

2 Comments:

  • At 11:09 AM, Anonymous Anônimo said…

    Oi, Anadorada, gostei muito dessa poesia, especialmente a terceira estrofe.

    Mas amar amar mesmo só faz sentido como os loucos ou tontos fazem, mas gostei dessa estrofe também.
    Trocaria somente "e cheios de pus" por "de melancolia", sei lá. Vê se te agrada. Voce sabe que gosto de rima.
    beijo
    tiago

     
  • At 12:10 PM, Anonymous Anônimo said…

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    »

     

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