Diário
Houvera acordado praquilo?
Fazer meu dia e minha noite.
Esperar-me manhã impaciente
pra ligar ao meu pensamento.
Deixar-me esperar impaciente,
involuntária revanche,
para seqüência tão linda...
Trajar-se qual meados do século passado.
Doce clareza.
Doce leveza à francesa.
Boca sem sabor de canela.
Pra mesma boca sabor cenoura
e comida natureba,
o beijo ainda prazerosamente carnívoro.
Saída feminista independente
do meu tipo de (minha) mulher forte.
Da cansativa e irritante pausa pra obrigação
à controversos absurdos vinte minutos.
Eis que jogo os dois últimos versos janela afora
pra permitir pleno nosso momento.
Pra se fazer nossa porção imediata de mundo,
banhada da luz da sua lua.
Finda dia, não porção
(esta muito mais sólida)
do jeito seu inesperado.
Envergonhado, doce nada amargo.
Um sorriso, o seu.
O primeiro brilho que li desembaçado.
Aquelas palavras, soltas,
de pouca lógica
pros que dispensam devanear.
Saída cheia de graça,
numa corrida escorregadia
e não sei com que equilíbrio.
Que equilíbrio restaria
senão o riso louco solto
de cara e corpo e olho,
que, por falta de motivo,
há tanto não lembrava de dar.
Finda dia renovando o ciclo diário.
Renovado do pensamento viciado
ao corpo cansado.
E, pra mais do que rimar,
refaço a pergunta do verso abre alas.
Teria pra isso (tudo) acordado?
Obrigado.
Seu Neto(José)
3 Comments:
At 12:29 AM,
Anônimo said…
(suspiro)
Ai ai o amor, já é primavera?
At 12:37 PM,
martim said…
pelo calendario, ainda demora...
=)
At 4:18 PM,
Anônimo said…
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