Colorir/descolorir
Pra minha aquarela...
De regra o colorido do seu tom.
Matizes, cores de realidade fantástica.
Simples em ser fantástica,
com a mistura dessas cores complexas.
De súbito a exceção de descolorir
quando ausenta-se sua cor.
Lembrar, verbo gerador de saudade.
Ansiedade, substantivo sua consequência.
Por sorte o descolorir é sutilmente temporário.
Apenas o contraste necessário
pra mais forte e bela a cor,
mais forte e bela a mistura.
Ahh, mas nem se ouse a durar a tal falta da cor.
Sempre iniciada ao primeiro segundo de branco vazio,
sempre contada triste nos segundos seguintes.
Fiquemos com tão mais bonita, a regra.
O colorido do nosso novo tom.
Um tom doce de fantástica realidade,
nesse verso que faltava e não falta mais.
... do seu (desgovernado) Neto José
2 Comments:
At 11:30 AM,
tgroba said…
gosto de poesia com inicio, meio e fim.
o branco nunca é vazio, zé, dizia drummond, sempre existe as ''impurezas do branco'', livro dele que procuro e nao acho em lugar algum....
At 2:13 PM,
Anônimo said…
mesmo contendo todas as cores e possíveis impurezas o branco pode ser vazio...daí o significado do verso...
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