Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Colorir/descolorir


Pra minha aquarela...


De regra o colorido do seu tom.
Matizes, cores de realidade fantástica.
Simples em ser fantástica,
com a mistura dessas cores complexas.

De súbito a exceção de descolorir
quando ausenta-se sua cor.
Lembrar, verbo gerador de saudade.
Ansiedade, substantivo sua consequência.

Por sorte o descolorir é sutilmente temporário.
Apenas o contraste necessário
pra mais forte e bela a cor,
mais forte e bela a mistura.

Ahh, mas nem se ouse a durar a tal falta da cor.
Sempre iniciada ao primeiro segundo de branco vazio,
sempre contada triste nos segundos seguintes.

Fiquemos com tão mais bonita, a regra.
O colorido do nosso novo tom.
Um tom doce de fantástica realidade,
nesse verso que faltava e não falta mais.

... do seu (desgovernado) Neto José

2 Comments:

  • At 11:30 AM, Blogger tgroba said…

    gosto de poesia com inicio, meio e fim.
    o branco nunca é vazio, zé, dizia drummond, sempre existe as ''impurezas do branco'', livro dele que procuro e nao acho em lugar algum....

     
  • At 2:13 PM, Anonymous Anônimo said…

    mesmo contendo todas as cores e possíveis impurezas o branco pode ser vazio...daí o significado do verso...

     

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