Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Paciência


Essa cidade tão desafinada
declamando versos ruins me incomoda.

Queria poder (posso)
deixar o mau humor coletivo crônico pra lá.
Passar o horário de 6 horas em outro lugar.

Ter meus olhos ardendo de poeira.
Minhas pernas cansadas
por chegar em lugares que nem queria ir.
Isso não vem do meu tesão.

Se você estivesse vendo veria
este semblante impassível.
Aliás, você não ia querer ver.
Assim como eu
que fecho os olhos e tento recuperar a paciência.

Neto José

3 Comments:

  • At 11:16 PM, Anonymous Anônimo said…

    Como diria o Lenine, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência (sapiência?)... mais ranzinza impossível, mas ficou tão bonito...

     
  • At 7:03 AM, Blogger Gabriel Carvalho said…

    parece Drummond na pós-modernidade

     
  • At 12:09 PM, Anonymous Anônimo said…

    curioso q li muito drummond essa semana...pode ter rolado alguma influência além da normal...
    abraço

     

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