Feijoada (quase) completa

Nada melhor do que chamar os amigos pra conversar, tomar uma bem gelada e se esbaldar de comida, de poesia e prosa, de música e melodia, de imagens e memórias, enfim, de amizade. Sem formas fixas, do jeito que a cabeça e a emoção pedir, da maneira que cada um prefere se expressar. Todos os amigos podem contribuir pra que essa feijoada deixe de ser "quase" e venha a ser completa. Um grande beijo nesta saudação inicial dos amigos José Neto e Anadora Andrade.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

ANDAR SOZINHO

Nenhum ardor nem um carinho
nenhuma vitória nesse fim de tempo
sou eu apenas aqui sozinho.

Sou eu que só vejo semi-conclusões
farsas, falsas alegrias
num próximo fim de ano, falsos Jorrões.

Nada é concluído e nem bem feito
é uma grande merda
até mesmo os poemas já tem palavrões.

Pedi ao Super-Homem sua capa
e aos pássaros suas asas
mas ninguém quis me presentear, mesmo sendo natal.

Só me resta então, pra variar
uns versinhos bobinhos, um cafezinho
um pileque e um andar
sozinho.

Henrique Britto Silva

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Correria danada essa
que me obriga o coração
querendo flor
sonhando o cheiro
querendo gosto
o seu inteiro.

Anadora Andrade

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Tristeza


A tristeza tem um tom gris
e naturalmente frio é o meu sorriso.
Cheio de frustração
humana inata densa.

Sou defeitos
e eles igualmente me são.
Juntos escondemos
atrás daquele móvel em desuso,
os melhores dias dos últimos anos.

O sono da madrugada sem sonhos.
A procura pela coruja matutina.

Sou tristeza
e a ela igualmente pertenço.
Débeis acordes no violão
não serão capazes de mudar nada,
tampouco garantir
um futuro multicolor.


José Neto